domingo, agosto 05, 2012

Soul.

She was Soul music, my friend.

Óh, ela era!

Em todo seu sofrimento, em toda sua dor. Era essa sua canção.

Éramos todas aquelas brigas, todas as partidas e despedidas que despedaçavam o coração. Chegadas, juras, canções gritadas de desculpas e perdões cantamos todas. Não mais que nossas noites úmidas, quentes e musicais, ou jantares de gala em que nos devorávamos, sequer mais que toda aquela distância solitária na cama.

Escorríamos um ao outro e não encontrávamos saídas para aquela mão que tentava agarrar água. Mas sentíamos o calor das gotas que permaneciam. Quentes, frescas, não permitiam o aparecimento das garras naquele toque tão macio. Garras que ainda não foram guardadas completamente.

Cantavam paixão e tristeza sempre, hora duo hora solo.

Ela era o amor real machucado e ferido, era também aceitação. Sua alma se via pelos olhos, rapidamente, a se mostrar e se esconder e deixar claro a mulher que é. Solidão e festa, companhia e ausência.

O Soul continua a tocar descompassado, como era próprio dele.


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