domingo, setembro 11, 2011

Fábulas.


Era uma outra história agora. Uma nova história.

Que se fez do nada vazio, mas para a Cachinhos Dourados que mergulhava cada vez mais fundo nela isso parecia pouco provável. Pensava nessa novidade como a continuidade de uma história passada que não fôra dela e da qual não fizera parte. Um passado que sujava seu presente e o qual lhe incomodava tanto que em algum momentos explodia. Sem controle.

A explosão própria também lhe incomodava, pois não se orgulhava dela, lhe fazia mal e não conseguia atingir o seu propósito. Seu alvo, o parceiro-escritor, nunca era atingido em cheio.

Nada parecia funcionar assim.

Mas dizia não saber fazer diferente e tentava acreditar nisso. Ele não acreditava. Sabia ter ela a coragem, mas teria a vontade firme para isso? Era um furacão. Ventos turbulentos rodopiando telhados e tempestades ao redor de um centro calmo e de céu limpo. E o que ela era realmente? Toda aquela tempestade ou o olho do furação silencioso?

*

Entre tantas calmarias e tempestades aquela foca acabou lançada por mil-ventos a uma praia distante. Um ilha deserta com água de coco e rede para se espreguiçar. Lá também tinha um urso pardo que vivia a bastante tempo por ali. Foi assim que eles se conheceram, quando a foca pediu para o urso trocar a lâmpada da choupana que suas nadadeiras não alcançavam nem permitiam trocar.



2 comentários:

  1. Sabe como é...Focas se atrapalham com as nadadeiras em terra firme! =*

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  2. "A minha ilha não existe mais
    Será que o mar já percebeu
    ela desapareceu
    Ah se não fosse o amor
    pra recolher o óleo que vazou"

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