domingo, maio 26, 2013

Chorou.



Dormiu bêbado e acordou cego. Quase tão mal quanto isso. Olhos inchados, selados de ramela.

Ao contrário do cego, a luz ele via. Demais. Opaca, através da pele queimava seus olhos. E como uma criança chorou 2 dias. Chorou tanto que dormiu. Chorou pelo olho que pendia da face, chorou pelo coração que pendia do peito, chorou de medo e solidão.

Acima de tudo chorou até ficar sem forças. Aquela que outrora tão grande, não precisou da morte para abandoná-lo.

2 comentários:

  1. Dormiu bêbado e acordou cego.
    Ao contrário do cego luz ele via demais e através da pele a realidade opaca queimava seus olhos.
    Como crianças choramos dois dias. Tanto que dormimos.
    Pelo olho que não via, pelo coração que não sentia. Pelo medo e solidão.
    Acima de tudo chorou até ficar sem forças. Aquela que outrora tão grande, não precisou da morte para abandoná-lo.

    A bebedeira. Pois se forças não tivesse poesia não faria.

    ResponderExcluir