Chorou.
Dormiu bêbado e acordou cego. Quase tão mal quanto isso. Olhos inchados, selados de ramela.
Ao contrário do cego, a luz ele via. Demais. Opaca, através da pele queimava seus olhos. E como uma criança chorou 2 dias. Chorou tanto que dormiu. Chorou pelo olho que pendia da face, chorou pelo coração que pendia do peito, chorou de medo e solidão.
Acima de tudo chorou até ficar sem forças. Aquela que outrora tão grande, não precisou da morte para abandoná-lo.
bastou ele querer.
ResponderExcluiramei.
Dormiu bêbado e acordou cego.
ResponderExcluirAo contrário do cego luz ele via demais e através da pele a realidade opaca queimava seus olhos.
Como crianças choramos dois dias. Tanto que dormimos.
Pelo olho que não via, pelo coração que não sentia. Pelo medo e solidão.
Acima de tudo chorou até ficar sem forças. Aquela que outrora tão grande, não precisou da morte para abandoná-lo.
A bebedeira. Pois se forças não tivesse poesia não faria.